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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Momento relax criançada

Mãe coruja

O filho do meio é sempre mais carente que os outros, né? Hoje em dia quase nenhuma família vivencia isso mais, mas eu tenho o protótipo de família que é boa de se fazer uma análise: três filhos (que coragem, é o que todos dizem), o mais velho, o do meio e a caçula.
Pois é, o filho do meio geralmente carrega um estigma: é problemático, carente, difícil. O meu, praticamente não foge totalmente à regra. Como eu fiquei grávida quando ele estava com apenas 7 meses e sua irmã nasceu ele só tinha 1 ano e meio, a princesa tomou o seu lugar.
Então ele é assim, ciumento até hoje e muito possessivo, praticamente o Édipo reencarnado.


                                                                 Gato gatíssimo



Momento cafuné

Mas naquela manhã quando ele me olhou bem nos olhos, primeiro me perguntou qual era a cor dos olhos dele (castanho médio) e me perguntou qual a cor dos meus olhos  (castanho esverdeado), ele me olhou languidamente e falou que se eu tivesse um risquinho assim, igual o do gato, eu seria uma gata, de verdade. Fiquei boba!!!
Mãe é tudo igual.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

À procura de idéias pra Páscoa

Mal passou o carnaval, e na minha cabeça não penso em outra coisa a não ser a Páscoa, até porque, na minha escola trabalhamos por época ( verão, páscoa, pentecostes, São João, primavera, e por aí vai) e vamos realizar um bazar com produtos feitos por nós: professores e pais! E mãos à obra, mas o que fazer?









E aí, que acordei outro dia com idéia fixa de fazer um peso para porta em forma de coelho, de feltro ou algodão (que eu tenho mais simpatia), mas prá isso preciso de uma máquina de costura (eu até ganhei uma da minha sogra, mas acontece que eu não sei costurar, mas tá nos planos, viu? Prá 2012). E agora, estou a cata de moldes de coelho sentado.
E pensar que no Rio ainda ressoam os barulhos do carnaval na minha cabeça. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Parem de falar mal da rotina

Tenho uma irmã (Raquel) que adora tanto os livros quanto eu e compartilhamos, às vezes, dos mesmos gostos. Eu também gosto de dar (emprestar, viu?) os livros que tem muito a ver com a nossa história. É por isso que quando ganhei "Parem de falar mal da rotina" pensei que ela estivesse de brincadeira com a minha cara, legal, um livro de crônicas! Bem, mas eu não gosto muito de crônicas! Como não tinha nada melhor prá ler ( me desculpa, Elisa Lucinda, como estava errada e não sabia), folheei algumas histórias e bem, gostei um pouquinho. Quando voltei de viagem e já pronta prá outra (viagem) eu o levei como uma forma de distração, afinal eu iria estudar "Cosmogonia" e precisava de um título prá distrair. Foi aí que eu comecei do começo, e comecei uma enorme aventura, de muita emoção, com direito a lágrimas, muita risada e recital de poesias para as colegas de quarto, porque não resisti depois de ler isso, e não compartilhar com minhas queridas mães e professoras que somos.

Meninos São José
Toda criança me arrebata,
toda criança, por me olhar,
me arregaça as mangas do amor e dele,
desse amor, morro de emoção.
Há nisso mais do que o fato
de criança ser igual flor,
mais do que criança
ser da vida a metáfora das coisas e seu verdadeiro valor.
Vejo José pousando sobre a casa
as asas dele mudam o episódio lar.
Abraço o José em todo riso
e mesmo quando não o tenho no colo todo o tempo...
evento de criança soprando a casa!
Eu fico com as pernas bambas
quando quem me aponta é uma criança.
José é Júlia, também Carolina, Pedro, Clara, Olívia, Antônio, Valentina, Lina, João, Luíza, Nicolau, Juliano, Guilherme, Diogo, Jonas, Mayara, Vinícius, Leon, Natassia,
José é todas as galáxias de meninos,
porque são só verdades, belas verdades,
límpidas eternidades, futuros mundos. Belas!
Tenho vontade de defendê-las das injustiças dos ditos maiores,
dos esticados que,
aprisionados, querem aprisionar.
Por todo o sempre e agora,
toda criança quando chora, respondo
- que foi?
Quem não te tratou direito?
(Toda criança quando chora acho que me diz respeito.)
Quero as palavras delas,
a nitidez sublime das conversas delirantes e sábias,
quero os descobrimentos que trazem em sua transparência natural! José voa na casa e eu pulso no ventre como uma grávida perene, meu Deus,
(todo filho do mundo é um pouco filho meu!)
Como me amolece o coração
barulho som de grito de infância no colégio de manhã!
Como é, para o meu frio,
lã uma mãozinha pequenina dizendo pra mim dos caminhos..., elazinha dentro da minha,
como o dia carregando a noite e seu luar,
e aquela vozinha sem gastar, me pedindo com carinho e desamparo:
me leva lá?
Não mimem crianças ao invés de amá-las,
para não adoecê-las
para não encouraçá-las!
Não oprimam crianças na minha frente,
vou interferir,
vocês vão se danar,
vou escancarar!
Não usem criança na minha presença,
tomarei o partido delas,
não terão minha parcimônia,
não vou compactuar!
Não cunhem nelas a tirania,
eu vou denunciar!
Sou maternal de universo,
mil crianças caminham comigo!
Sou árvore cuja semente se chama umbigo.
Ai... toda criança quando grita mamãe, respondo:
que foi? (Acho que é comigo!)

Mas o mais incrível era a possível ligação do que eu lia, com o que eu estudava, aí eu já queria matar aula (seminário que faço uma vez ao mês) para ler!!!
Obrigada Elisa (e ainda tem o nome de outra irmã, a danada) por esses momentos ma-ra-vi-lho-sos na minha vida.
Ah, irmãzinha, como te agradecer por esse presente?

Capitães de Areia

Adoro Jorge Amado, quando o leio, tenho a nítida sensação de ser teletransportada para Bahia e aí, me sinto em casa, até porque eu tenho mesmo uma casa lá, mas aí é outra estória. Quando soube que iam lançar o filme Capitães de Areia, primeiro fui ler a obra no papel, e confesso, sofri bastante com as vidas sofridas e as lutas diárias dos capitães. Então estava pronta para a telona, ou telinha, porque o filme no final foi alugado, super aguardado.
A equipe escolhida para o filme foi boa, embora alguns tivessem uns probleminhas de dicção tão forte que só fiquei sabendo do nome de um deles no final, o Volta Seca (Valdeci)e assim, muitas falas foram prejudicadas.
O trapiche, lugar onde os capitães moravam, era exatamente como imaginava, e todos os cenários, ficaram perfeitos.
Sei que transformar um romance em roteiro de cinema não é fácil, mas até que foi bem fiel ao livro. Embora eu ache que se não tivesse lido o livro, não entenderia o lirismo de algumas cenas, quer pela linguagem rápida do cinema, quer pelo livre envolvimento que Jorge Amado faz com seu leitor. Mesmo assim, fiquei esperando uma cena puljante da morte de Dora, e não chegou aos pés do livro, que teve um enterro digno de uma princesa do mar.
Há um certo corte no final do filme, pois no livro os destinos dos personagens se concretizam, e no filme ficou como uma possiblidade, embora o final de um dos personagens tenha sido totalmente diferente, ficou bem no filme terminar assim. Mas o melhor do filme, foi a trilha sonora de Carlinhos Brown, que assinou 8 de 10 músicas, sendo que 2, Arnaldo Antunes canta lindamente, com várias pegadas diferentes, ritmo e poesia em todas, a conferir um pouquinho no triller. Bom filme!


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

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