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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Capitães de Areia

Adoro Jorge Amado, quando o leio, tenho a nítida sensação de ser teletransportada para Bahia e aí, me sinto em casa, até porque eu tenho mesmo uma casa lá, mas aí é outra estória. Quando soube que iam lançar o filme Capitães de Areia, primeiro fui ler a obra no papel, e confesso, sofri bastante com as vidas sofridas e as lutas diárias dos capitães. Então estava pronta para a telona, ou telinha, porque o filme no final foi alugado, super aguardado.
A equipe escolhida para o filme foi boa, embora alguns tivessem uns probleminhas de dicção tão forte que só fiquei sabendo do nome de um deles no final, o Volta Seca (Valdeci)e assim, muitas falas foram prejudicadas.
O trapiche, lugar onde os capitães moravam, era exatamente como imaginava, e todos os cenários, ficaram perfeitos.
Sei que transformar um romance em roteiro de cinema não é fácil, mas até que foi bem fiel ao livro. Embora eu ache que se não tivesse lido o livro, não entenderia o lirismo de algumas cenas, quer pela linguagem rápida do cinema, quer pelo livre envolvimento que Jorge Amado faz com seu leitor. Mesmo assim, fiquei esperando uma cena puljante da morte de Dora, e não chegou aos pés do livro, que teve um enterro digno de uma princesa do mar.
Há um certo corte no final do filme, pois no livro os destinos dos personagens se concretizam, e no filme ficou como uma possiblidade, embora o final de um dos personagens tenha sido totalmente diferente, ficou bem no filme terminar assim. Mas o melhor do filme, foi a trilha sonora de Carlinhos Brown, que assinou 8 de 10 músicas, sendo que 2, Arnaldo Antunes canta lindamente, com várias pegadas diferentes, ritmo e poesia em todas, a conferir um pouquinho no triller. Bom filme!


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